Cultura

Lábrea: noite cultural lançará publicações sobre a região do Purus

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Lábrea 25/06/2011

Ao encerrar as atividades de cinco anos do Consórcio FORTIS, programa socioambiental para fortalecer e aumentar a capacidade de diálogo das instituições locais e associações comunitárias do sul do estado do Amazonas, o IEB e a APADRIT lançam a publicação Memorial da luta pela Reserva Extrativista do Ituxi em Lábrea, AM que registra a mobilização social, organização comunitária e conquista da cidadania na Amazônia. O evento acontece dia 29 de junho, no município de Lábrea/AM durante a abertura do III Encontro Regional do FORTIS – Fortalecimento Institucional do Sul do Amazonas. A obra, organizada pelo doutor em sociologia pela UFRJ e consultor do Instituto, Josinaldo Aleixo, é de autoria coletiva da Associação dos Produtores Agroextrativistas da Assembléia de Deus do Rio Ituxi (Apadrit) e representa um esforço de reflexão e de registro histórico de uma experiência social vivida intensamente no interior da Amazônia brasileira: a mobilização de comunidades ribeirinhas em favor da criação da Reserva Extrativista do Rio Ituxi. Na ocasião será apresentado o Álbum Purus, organizado pelo professor do Programa de Pós-graduação em Antropologia da Universidade Federal do Amazonas (PPGAS-UFAM) Gilton Mendes. A obra é um resultado do debate interdisciplinar entre etnólogos americanistas, historiadores sociais, indigenistas, ambientalistas, engenheiros ambientais, ecólogos e biólogos que refletem e atuam no sudoeste da Amazônia. A elaboração desta publicação é da Operação Amazônia Nativa (OPAN), do Núcleo de Estudos da Amazônia Indígena – NEAI/UFAM, IEB e Visão Mundial.  A tarde cultural também irá lançar o livro de poesias Versos de Sangue e Multicores, de autoria do poeta Elias Bezerra de Souza , pelo Grupo Editorial Scortecci.

 Resumo das obras:

MEMORIAL DA LUTA PELA RESERVA EXTRATIVISTA DO ITUXI EM LÁBREA

O objetivo é mostrar ao leitor o que levou um grupo de lideranças comunitárias do interior da Amazônia a se reunir numa associação, demandar do governo federal a criação de uma reserva extrativista e ir até o presidente da república para defender a sua proposta. Mais do que isso, o texto registra o balanço que o grupo faz da sua trajetória, identificando lições aprendidas para si e para outras instituições com as quais se relaciona. Uma mensagem que podemos decantar desse documento é: muito pouco ou quase nada sabemos sobre organização social na Amazônia e uma maneira de aprender alguma coisa sobre isso é olhando para os desafios, dificuldades, dilemas e motivações de quem está trilhando este caminho por sua própria conta e risco.

ÁLBUM PURUS:

Organizado pelo antropólogo Gilton Mendes dos Santos, o Álbum Purus reúne ensaios esclarecedores sobre o protagonismo das etnias que originalmente habitavam aquele espaço geográfico e as muitas visões sobre o Purus. No período de intenso extrativismo, e que ainda não cessou completamente, o Purus experimentou um forte impacto com a invasão da economia do látex. O resultado foi a dilaceração de etnias, com massacres e expulsão de suas terras tradicionais, e a instalação de um regime de trabalho brutal. É o que nos mostram os ensaios de Davi Leal, “Cenários da Fronteira: o rio Purus e o pensamento social na Amazônia”, bem como a seleção de textos de Euclides da Cunha pelo professor Renan Freitas Pinto. Ambos os trabalhos, ao confrontar as impressões contemporâneas de Euclides da Cunha, abrem um espaço de compreensão para os trabalhos seguintes, especialmente “Cultura e Mercado na Amazônia da Borracha”, de Almir Diniz, e “Retrato do sistema de aviamento no Purus – notas preliminares”, de Gilton Mendes dos Santos.

 VERSOS DE SANGUE EM MULTICORES:

                                                                              

No ensaio, o poeta aborda a riqueza e a miséria advindas da globalização. “Não é segredo que para a maior parte da humanidade a globalização surge e se impõe como uma indústria de perversidades, enquanto para uma minoria ela se apresenta como possibilidade de ostentação de poder, dominação e riqueza”, explica o autor.Nesse cenário, a cidadania é um sonho cada vez mais distante e a ética humana uma construção em ruínas. Vivemos o grande momento do cada um por si, do salve-se quem puder, do toma lá dá cá, do olho por olho, dente por dente, do individualismo frio. Começamos a sentir, agora mais do que nunca, o efeito devastador do capitalismo. E o que fazer? A humanidade pede abrigo no coração cada vez menor dos homens. A natureza pede socorro. A paz pede passagem. Esta é a temática destes Versos de Sangue em Multicores.

  Serviço:

 O coquetel de lançamento acontece na 29 de junho de 2011, quarta-feira, às 19:30h na Escola Estadual Santo Agostinho (rua 14 de maio -centro, Lábrea atraz da Igreja Matriz) , e contará com a presença dos autores.

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UEA DOMINA A TRADICIONAL GINCANA CULTURAL DE 1 DE MAIO EM LÁBREA

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Numa disputa acirradíssima que mobilizou toda a cidade, a UEA saio como a grande vencedora do evento Cultural, misturando conhecimento e agilidade o Curso de Licenciatura e Bachareladoem Educação Físicada UEA, foi a grande Campeã, e  Tecnologiaem Gestão Ambientaltambém da UEA em segundo lugar, deixando a tradicional El-Shadail Eureca para Trás.

Fonte: Professor Assistente Rosivaldo Bandeira

Cultura: Filme sobre etnia Paumari ganha premiação em festival de cinema

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É sempre bom ver a cultura de nossa região divulgada pelo Brasil e o mundo a fora, principalmente pelo seu lado positivo, o aspecto da diversidade cultural.
No dia 15 de abril um filme realizado em parceria entre indígenas de Lábrea e indigenistas da  ONG Opan (Operação Amazônia Nativa), intitulado “Pamoari na cidade” ganhou o prêmio de melhor áudio no festival Théo Brandão. O prêmio, concedido por instituição ligada à Universidade Federal de Alagoas visa valorizar trabalhos audiovisuias de cunho antropológico que visem valorizar as minifestações culturais indígenas brasileiras.

O filme

Pamoari na Cidade acompanha a recuperação da auto-estima de jovens indígenas que residem em áreas urbanas a partir do aprofundamento étnico. O filme vai além da especificidade indígena ao apresentar de forma surpreendente a contribuição das relações familiares e a escola inter-cultural como agentes sociais poderosos para a transformação positiva da juventude. A direção do filme é de Eugênio Paumari e Sérgio Lobato. Eugênio é indígena, nascido na região de Lábrea, Sérgio é carioca e membro da Opan. 

Paumari

Os Paumari, ou ‘Pamoari’ , habitantes seculares da bacia do Purus juntamente com os Apurinãs, Jamamadis e outros estão hoje em aldeias localizadas nas terras Marahã e Ituxi, próximo a Lábrea e nas terras Paricá , Manissuã e Cuniuá , no rio Tapauá, próximo àquele município. Vazos do Purus aproveita a oportunidade para saudar a SEMANA DOS POVOS INDÍGENAS com programações culturais nas cidades de Lábrea e Tapauá. Maiores informações sobre esses acontecimentos com a FOCIMP, CIMI e AMIMP que organizam eventos durante essa semana do dia 19 de abril, dia do índio.

por Vazos do Purus

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