Saúde

Lábrea: Remédios vencidos de uma saúde estragada

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Lábrea – 04 de agosto de 2011

No dia 27/04/2011 lançamos uma matéria com o titulo Lábrea: o que se diz na Câmara dos Vereadores e a verdade nua e crua dos fatos  Em que o edil presidente da câmara de Labrea, Evaldo Gomes alegava em um discurso na tribuna (desabafo) e que alegava que o valor da
arrecadação que entra no município é pouco, leia o trecho do pronunciamento “Então quero aqui dizer que muito tem sido criticado o nosso governo e nós temos certeza que não vamos atingir a condição de atender a população em tudo aquilo que eles querem, porque são muitas coisas  e o município tem uma arrecadação pequena e temos certeza que não vamos conseguir fazer a população entender aquilo que eles falam e não temos condição de fazer…”

VAZOS DO PURUS rebateu esse pronunciamento mostrando uma tabela de valores que saiu para o município de Lábrea em 2010. E não poderíamos deixar de frisar neste momento oportuno o valor especifico que saiu para a saúde do ano de 2009, 2010 e primeiros cinco meses de 2011.

ANO DE 2009 – SAÚDE: R$ 3.077.902,58

Saúde da Familia-SF————————————–724.200,00

Saúde Bucal-SB————————————–159,750,00

PAB Fixo ———————————————711.205,58

Núcleo de apoio a saúde da Família– NASF——60.000,00

Incentivo Financeiro de Inclusão do Microscopista na atenção básica———–17.430,00

Incentivo de Implantação aos núcleos de apoio a  Saúde da Familia-NASF—-20.000,00

Incentivo de atenção básica dos povos indígenas———————————-858.000,00

Incentivo adicional do microscopistana atenção básica————–3.486,00

Incentivo adicional ao programa de agentes Comunitários de saúde——–46.872,00

Agentes comunitários de Saúde –  ACS———————————-476.959,00

 

ANO DE 2010- SAÚDE: R$ 3.994.963,12

Saúde da Familia-SF———————————————————902.400,00

Saúde Bucal-SB————————————————————-217.000,00

PAB Fixo ———————————————————————778.944,00

Núcleo de apoio a saúde da Família– NASF—————————260.000,00

Incentivo Financeiro de Inclusão do Microscopista  na atenção básica———-47.628,00

Incentivo de atenção Básica aos povos indígenas————————-858.000,00

Incentivo adicional PSF   ——————————————————-20.000,00

Incentivo adicional do microscopista na atenção básica——————4.284,00

Incentivo adicional ao programa de agentes Comunitários de saúde—–77.112,00

Compensação de especialidades   Regionais——————————11.939,12

Agentes comunitários de Saúde -ACS———————————-817.656,00

 ANO 2011-SAÚDE: 1.981.890,11–*valores liberado de janeiro a maio.

Agentes comunitários de Saúde – ACS———————————-388.080,00

Centro de especialidades odontológicas——————————19.800,00

CEO – Centro de especialidades odontológicas————————13.200,00

Compensação de especialidades Regionais—————————59.695,00

Incentivo de atenção Básica aos povos indígenas——————–468.000,00

Incentivo Financeiro de Inclusão do Microscopista na atenção básica———18.270,00

Núcleo de apoio a saúde da Família – NASF————————————-80.000,00

PAB Fixo –  —————————————————————————334.686,50

Piso fixo de vigilância e promoção da Saúde PFVPS—————————120.505,83

Programa de assistência farmacêutica Básica———————————100.452,18

Saúde Bucal-SB———————————————————————72.000,00

Saúde da Familia-SF————————————————————–307.200,00

Fonte dos Dados: Gabinete do deputado Sidney Leite.

Novamente em outra parte do pronunciamento do Edil presidente da câmara ele diz:

 “Então eu não consigo entender como é que Lábrea tem andado pra trás, se Lábrea o prefeito acabou de construir uma unidade de saúde pra levar a saúde aos nossos irmãos ribeirinhos do interior.”

E novamente o VAZOS DO PURUS rebateu dizendo:

O que parece o prefeito resolveu construir alguma coisa útil aos nossos irmãos ribeirinhos, mas deixando a desejar no que diz a respeito da saúde na cidade, pois começou a construção de dois postos de saúde, um no tira barro, que nós mesmos denunciamos ao TCE e outro na Praça de alimentação próximo a fabrica de gelo e que já fizeram aniversário e não tiveram a construção concluída sendo que foi liberada as verbas do convenio.

A principio pensava até que essa unidade de saúde iria sim, funcionar com total competência administrativa, mas acabamos por perceber que mais uma vez tudo fica a desejar e em total desprovimento funcional por não haver funcionários ao nível de exigência que cumpram as suas obrigações com compromissos e regras no atendimento obrigatório ao povo ribeirinho, sendo que o projeto é para assistencializar a população contemplada. Recebo inúmeras denuncias de atendimentos com total grosseria  por parte dos agentes do programa da unidade de saúde e fora de horário. Por exemplo chegaram em comunidades depois de onze horas da noite e dizendo que quem quisesse ser atendido teria que ser naquele horário pois eles teriam que ir em embora após atendimento e não podendo pernoitar na comunidade para promover atendimento durante o dia naquela comunidade,e mostraremos em documento como tem sido precário o programa com baixo critério.

Veja abaixo as queixas dos ribeirinhos formalizadas em documentos aqui na cidade:

 

 

O município de Labrea tem sido foco da mídia no cenário nacional em varias áreas e principalmente na saúde e que citaremos as varias confusões proporcionadas por uma administração incompetente e sem compromisso com o ser humano.

Agora leia o pronunciamento do vereador Edenir na reunião da câmara no dia 20/05/2011:

Na pauta do dia 20/05/2011, O vereador Edenir disse que ele e o vereador José Raimundo
quando foram ao interior constataram que ouve melhoria na saúde, porém o atendimento fica a desejar, pois funciona às pressas e o medico não deixa a pessoa colocar o que sente.

Leia também o pronunciamento do vereador Bode Augusto na reunião da câmara do dia 03/06/2011:

Na reunião da câmara do dia 03/06/2011 no pronunciamento do vereador bode Augusto:
ele disse que o Barco da saúde foi até o interior a um custo de deslocamento altíssimo. E segue dizendo: “De quem e prá quem eles querem esconder o valor de uma viajem dessa?O prefeito esta passando a mão na cabeça de determinadas pessoas que infelizmente traz prejuízo pra ele tanto na questão moral como na questão política. Agora vejam senhores, o Barco gasta a mesma quantidade de inflamável prá ir até o final do município e voltar; ele pode passar cinqüenta dias e o custo é o mesmo, a não ser a questão da alimentação que é um pouco maior caro!Agora quem vai nela (viajem) vai no Barco ganhando por mês,ninguém vai por dia;e porque a pressa de retornar? Mau planejamento?Não sei. Qual é a pressa de voltar, o funcionário ou quem nele vai?Em vez de fazer um bom atendimento no interior e não deixar aqueles que precisam insatisfeitos?E com isso paga quem?O prefeito. Paga quem?A câmara de vereadores. Por quê? Porque se o custo prá ir é um que passe o tempo que for preciso e não apenas para aparentar que esteve no interior tratando do nosso amigo ribeirinho. Então muitas vezes o prefeito paga um preço alto,porque não gosta de contrariar aquelas pessoas que estão no seu convívio.Eu acho um erro muito grande porque não se deve administrar somente com o coração.Situações igual a essas que
acontecem,não deveriam acontecer.Se o prefeito agisse energicamente com seus funcionários.Porque quando ele diz pra nós que gasta N dinheiro na saúde,é verdade! Só que as pessoas o qual ele confia, fazem esse tipo de situação. O Barco gastou 200 MIL prá ir lá ao final do interior, mas não pôde esperar dois, três ou quatro dias prá fazer o atendimento. O medico que se desloca, o enfermeiro se desloca, o funcionário, todos eles ganham por mês. Se eles passarem 40 dias lá, não vai fazer diferença nenhuma, a não ser na questão da alimentação. Então o que esta faltando?É a administração na questão da saúde. Eu não sei, eu não consigo entender e às vezes eu penso até que seja; eu não acredito que o secretario ainda esteja usando o cargo que tem pra pagar compromisso político. Só pode ser isso. Porque quem esta por ele comandada, esta ali trabalhando e recebendo, porque a prefeitura não atrasa o pagamento. E se isso esta acontecendo, se é ele que determina a hora que o Barco retorna, certamente ele esta, entre Aspa, “de complô” ou querendo derrubar a moral do prefeito no interior, ou esta querendo pagar compromisso firmado na campanha passada. Então senhor presidente, senhores vereadores, é bom que nós vejamos o que esta acontecendo na questão da ida desse Barco quando ele vai pro interior, porque que tem que voltar tão rapidamente pra cidade?Porque se não trabalha lá, aqui também não vão trabalhar. Porque lá, quem está precisando de consulta, quem ta precisando de um medico, ta precisando de um dentista são filhos de
Lábrea, a qual somos todos nós aqui na sede do município.

 

Agora vejam cidadão labrense, como sempre os vereadores se comungam entre eles mesmos. Porque quando o vereador se dirige ao presidente da câmara pedindo que “observem o que está acontecendo, não seria uma atitude mais cabível do presidente da Câmara de pedir uma CPI?

 O edil vereador ataca e acusa  o secretário de saúde dizendo que o mesmo usa o cargo que tem, ou seja, a Secretaria de Saúde, para cobrir compromissos de campanha. Veja que não somos nós que estamos dizendo isso. E mais; o edil diz também que alguém quer esconder valores de despesa feitas pelo barco e logo mais adiante ele próprio relata um valor de gasto de R$ 200.000,00 , (DUZENTOS MIL) , numa viagem até o final do município somente no rio Purus para atendimento de saúde da população que deixa a desejar, com inúmeras reclamações e denúncias, como as que são relatadas aqui com denúncia e boletim de ocorrência da Polícia Civil. E finalmente, o próprio Vereador Bode Augusto acusa o prefeito de não agir com pulso firme devidamente e administrativamente com o seu Secretário de Saúde e conseqüentemente com o funcionalismo.

 Enquanto isso a população carente continua se arriscando ingerindo medicamento vencido com o risco de morte e outras complicações. Vasos do Purus acompanha o esclarecimento dos fatos aqui levantados.

Leia mais:

Empresário indignado diz: Quase mataram meu pai no Hospital de Lábrea

 

 

SAÚDE – ÍNDIGENAS EM TRATAMENTO EM LÁBREA PASSAM FOME POR DESCASO DA SESAI

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Pacientes com doenças como tuberculose e malária alojados na Casai recebem apenas comida vindas de doaçoes de terceiros, como missionários ou comerciantes.

Manaus, 01 de Agosto de 2011

Pacientes indígenas com tuberculose e malária em tratamento no município de Lábrea (a 701 quilômetros de Manaus) por meio da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) estão sem alimentação e água potável desde junho. Alojados na Casa de Saúde Indígena (Casai), os aproximadamente 50 pacientes e acompanhantes consomem apenas as refeições doadas por terceiros, como comerciantes e missionários, ou alimentos conseguidos por indígenas que moram na zona urbana de Lábrea, no sul do  Amazonas. As populações da região de Lábrea são atendidas pelo Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) do Médio Purus, órgão subordinado à Sesai. A Casai fica localizada na rodovia Transamazônica. Na região do Médio Purus há 96 aldeias de 14 etnias diferentes, como apurinã, parintintin, paumari, jamamadi, katukina e deni. José Raimundo Pereira Lima, indígena da etnia apurinã e coordenador executivo da Federação das Organizações e Comunidades Indígenas do Purus (Focimp) disse que os pacientes só tomam café, almoçam ou jantam quando alguém faz doação. “Algumas vezes a gente mesmo leva, quando sai pedindo por aí ou consegue pescar aqui no rio na frente da cidade”, disse Lima, por telefone, de Lábrea. Lima afirmou que em junho passado a Sesai chegou a realizar uma
intervenção no Dsei do Médio Purus, mas nenhuma medida efetiva foi tomada. “O interventor Gustavo Nolasco Xavier esteve aqui e ficou apenas uma semana. Só fez promessas. Disse que iria ter um tal de pregão para comprar comida e até agora nada. Ele voltou para Brasília e nunca mais conseguimos contato. A equipe que veio com ele esteve em uma aldeia apenas para fazer atendimento de saúde, durante três dias, e agora está tudo na mesma”, disse Lima.Conforme a liderança indígena, o atendimento realizado nas aldeias durante a passagem de Xavier se restringiu a três dias, em apenas uma comunidade, a Marrecão. O indígena Mureci Macuvi, da etnia Deni, 42, acompanha sua esposa Eliana Bucuré, 35, em tratamento de tuberculose.

“A situação está muito ruim. Há mais de um mês a gente só consegue comer porque tem os missionários que nos ajudam. Tem muito ´parente´ passando mal. Ontem (domingo) ficamos o dia todo sem comer. Hoje eu só consegui porque vim aqui na casa de um amigo. Meu cunhado conseguiu um frango para assar e dar para minha esposa e meus três filhos que também estão na Casai”, disse Mureci.

Eliana Bucuré está em tratamento desde março em Lábrea. Mas, outros pacientes, segundo o coordenador-executivo da Focimp, tiveram que interromper o tratamento e voltaram para suas aldeias. Um pesquisador que trabalha em Lábrea disse que a falta de estrutura do Dsei do Médio Purus e a ausência do Estado na área leva faz com que os indígenas sejam “dependentes das ações paternalistas e assistencialistas das missões evangélicas”. Ele falou que os indígenas também não têm acesso a transporte para retornar às suas aldeias, problema que se agrava quando suas embarcações têm algum problema.

Sesai

Em nota oficial, a assessoria de imprensa do Ministério da Saúde disse que o órgão encaminhou a Lábrea (AM) uma equipe técnica para o diagnóstico de gestão, atenção e assistência aos indígenas. A partir deste levantamento, que já está finalizado, uma nova equipe de técnicos da Sesai colocará, ainda esta semana, em prática um plano de ação emergencial para organização do saneamento, gestão e atenção, com prazos curtos pré-definidos em parceria com o controle social. Esta ação contará com a parceria do Dsei de Porto Velho (RO), que dará suporte logístico para o Dsei de Lábrea. Segundo a assessoria, o Dsei Porto Velho foi escolhido em virtude da maior proximidade geográfica (4 horas de carro) do que o Dsei Manaus, que anteriormente era o distrito de referência para o suporte ao Dsei de Lábrea. Assim, os profissionais de gestão do DSEI Porto Velho ajudarão na organização dos contratos para compra de alimentos, veículos, licitações e pregões, etc. Neste plano de trabalho, o Dsei Porto Velho, ainda essa semana, adotará todas as medidas necessárias para compra e fornecimento emergenciais de alimentos para a Casai de Lábrea. A equipe de atenção organizará ainda as ações de atenção básica, com escalas de intervenção em área e deslocamento para ações de saúde nas aldeias.

do Jornal a Crítica

foto: FOCIMP

Saúde – SUS pagou R$ 14,4 milhões pelo tratamento de pessoas mortas

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Brasília, 05/07/2011

Uma auditoria feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU) mostra que o governo federal, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), gastou R$ 14,4 milhões para custear tratamentos ambulatoriais de alta complexidade e internações de pessoas mortas. De acordo com o relatório, foram encontrados nomes de 5.353 pessoas que morreram antes da data registrada do início dos tratamentos ambulatoriais, que custaram R$ 5,48 milhões ao contribuinte. O TCU identificou ainda 3.481 casos em que a data da morte é anterior ao período de internação hospitalar e 890 casos em que a morte ocorreu durante o período de internação, sem que haja relação entre os fatos, e que deram um prejuízo de R$ 8,92 milhões aos cofres públicos. A auditoria foi feita entre junho de 2007 e abril do ano passado nas secretarias municipais de Saúde de Fortaleza (CE), Aparecida de Goiânia (GO), Belém (PA) e Campina Grande (PB) e na Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco. Dados do Ministério da Saúde indicam que, mensalmente, são produzidos cerca de 1,8 milhão de documentos que autorizam o pagamento de procedimentos ambulatoriais de alta complexidade e internações. Os gastos anuais ultrapassam R$ 20 bilhões. O TCU determinou à pasta que oriente os gestores de Saúde a coibir a prática da inserção de datas de procedimentos que não correspondam às reais datas de atendimento dos pacientes e que reforcem as estruturas locais de auditagem. O tribunal alertou ainda que os profissionais poderão ser responsabilizados por esse tipo de fraude. O ministério tem 120 dias para apresentar informações sobre as providênvias que estãos endo adotadas.

                                                                                                                                     da Agência Brasil

DESCASO NA SAÚDE: CORPO DE INDÍGENA DE LÁBREA É TRANSPORTADO DE BARCO

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Recreio levou sete dias de uma viagem de Manaus a Lábrea , situação que causou enorme constrangimento e revolta na família

 
 
Infelizmente mais um evento negativo ocorreu esses dias dentre muitos outros  que acontecem no cotidiano da nossa cidade de Lábrea. Essa implicação se deve pelo fato mais uma vez de desinteresse e descaso do poder público e entidades relacionadas no dever de dar assistência aos cidadãos contemplados por um programa ou projeto. Nesta semana circulou um comentário sobre a morte de um indígena em Manaus e que seu corpo estaria sendo transportado via fluvial, ou seja, por um recreio que faz linha entre Manaus/Labrea, Labrea/Manaus.
O Vazos do Purus que é um jornal com demonstrativo e conteúdo e que tem o total foco  nas investigações nos assuntos sociais foi procurar confirmar o enredo que se propagava no nosso município,e por incrível que pareça nem bem começamos a investigar e já fomos procurados pela Sra.Cecilia Conceição Rodrigues 65 anos (foto acima), que é  esposa do então falecido que indignada com o descaso pediu que denunciássemos o ocorrido desleixo com a função social que os agentes  da FUNAI, FUNASA e Prefeitura que se dizem aptos e que são remunerados a resolverem os problema principalmente no que diz  respeito a área indígena. O Sr.Pedro Maximino da Costa 75 anos pertencente a tribo apurinã deu  entrada no hospital de Lábrea com um problema agravado de próstata e ficou em observação e depois sendo enviado para a casa do índio (CASAI) onde os seus familiares teriam que tomar providencias para encaminha-lo a Manaus por não haver condições de tratamento pelo hospital regional em Labrea. Os seus filhos Samuel e Felisberto tomaram a iniciativa de procurarem a FUNASA para terem apoio no transporte do seu pai,quando foram atendidos pelo enfermeiro Valderez que deu esperança e assegurou que resolveria o problema de locomoção do enfermo para Manaus e pedindo que aguardassem. Quando voltaram a procurar Valderez, ele alegou que não tinha condições de fazer nada pelo fato do senhor Pedro não ser indígena. Veja bem, o documento abaixo prova que ele é indígena , o que nem precisava , pois toda acomunidade reconhece que ele é um indígena.
Samuel então procurou a assistência social do município onde conseguiu a liberação de duas passagens aéreas onde algumas horas depois embarcaram com encaminhamento para serem recebidos no aeroporto pela representante da CASAI (Casa de Saúde do Índio) em Manaus, a Sra. Adriana e que imediatamente foi levado ao 28 de Agosto e dando entrada mais propriamente no dia 30 de abril e falecendo no dia 22 de maio. Sr Pedro Apurinã ficou 2 dias no SECOM  e falaram que não era responsabildade deles e então voltou novamente para o 28 de agosto. Samuel procurou a assistente da CASAI Adriana e ela mandou o motorista de uma funerária provavelmente credenciada para fazer serviços para a prefeitura de Lábrea ,levar o corpo para a funerária onde ficou lá. Na manhã seguinte Samuel e Adriana foram tirar a certidão de óbito no cartório. Ela pediu o aguardo para conseguir as passagens para retornarem a Lábrea,no que Samuel pensou logicamnte que seria de avião por a família ter a pressa de ter o corpo em Lábrea para fazer o velório e seputamento.
 
Corpo foi trazido pelo recreio
 
No outro dia Samuel depois de passar uma noite conturbada na funeraria e não lá digna de um cidadão,foi informado que o corpo já havia sido embarcado(observem leitores eu não disse em embalsamado mas sim embarcado)e ficou surpreso com aquilo tudo pois ele sabia que o recreio levaria aproximadamente 7 dias de viagem e que os familiares não teriam o corpo do seu pai para fazer o velório. Samuel achou que tudo o que estava acontecendo era muito estranho e perguntou se não era incorreto aquela atitude, e alegou que o agente funerário comentou que tudo estava dentro da normalidade e que havia outros corpos que iriam ser também despachados por ônibus,barco e balsas e que costumavam despachar até para Belém de recreio.
 
 
 Embarcaram o corpo terça dia 24/05 no recreio do Sr Antonio Feitoza (Anjo Gabriel) e que o barco só saiu na quarta feira dia 25/05 aproximadamente 2 horas da tarde. Pela presente informação que temos é que a FUNAI não sabia do ocorrido pelo menos até quinta feira dia 26,quando tomou o conhecimento juntamente com o pessoal da FOCIMP (Organização Indígena) foram reclamar junto a FUNASA e Prefeitura,e ficou acertado que uma voadeira da FUNASA de Tapauá iria ao encontro do recereio que já estava próximo a Tapauá para trazer o corpo até a boca do “furo do curacurá” divisa de Canutama com Tapauá onde a FUNASA, depois de receber pressão da FOCIMP, iriam ao encontro para trazer o corpo para Lábrea, como foi feito e o corpo chegou aproximadamente as 11:30 hs no domingo dia 30/05. Perguntamos agora o porque desse embaraço todo- será que contamos com pessoas que não tem qualificação a altura para prestar o serviço esencial  e de  suma importância no que se diz a saúde de todos nós e principalmente ao do povo indígena que precisa de mais atenção. Fizemos uma estimativa de valores gastos e prejuízo humano: mil e quinhentos litros de gazolina,oitocentos reais que esta no recibo emitido pelo proprietario do recreio,desgaste de componente mecânicos,desgaste físico e emocional para a família,desgaste e constrangimento aos passageiros do barco que já enfrentam uma viagem stressante,desgaste físico dos agentes de Tapauá e Lábrea que foram buscar o corpo; e com certeza se fossemos mexer a fundo descobriariamos mais prejuízos. Perguntamos porque se gastar tanto dinheiro público se era simplesmente transportarem de avião e a família já teria feito feito o velório e consequentemente o enterro.
Fica aí essa pergunta principalmente ao Ministério Público que ultimamente tem deixado a desejar na função de seu representante e principalmente no que diz respeito aos indígenas.
Deixamos aqui o nosso mais sincero pêsames.
 
Leia mais:
 

Dia 12 de maio: dia da Enfermeira

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A Enfermeira é guardiã da arte de cuidar, cuja essência é o cuidado ao Ser Humano, individualmente, na Família ou em Comunidade, desenvolvendo de forma autônoma ou em equipe atividades de proteção, prevenção, reabilitação e recuperação da Saúde. A Enfermeira é a profissional habilitada com um curso de enfermagem legalmente reconhecido a quem foi atribuído um titulo profissional que lhe reconhece competência para a prestação de cuidados gerais as Famílias e as Comunidades. Evidentemente também não podemos excluir os enfermeiros do Sexo Masculino que em seu contingente é menor que as Mulheres, mas que mantém a mesma obrigação e competência profissional e humanitária para exercer os cuidados a toda Sociedade. Por isso neste dia 12 de maio em que se comemora o dia da Enfermeira, não poderíamos deixar passar em branco a comemoração desta data destes profissionais que por muitas vezes em nosso Município e na Sede Hospitalar tem sido incompreendidos e até mesmo agredidos com palavras de baixo escalão por populares e autoridades municipais que muitas vezes procuram o serviço de direito de todo cidadão e com conturbações e desequilíbrios por não verem os seus problemas de Saúde sanados naquele momento ali no Hospital ofendem e perdem a linha. É bom lembrar que muitas vezes a população tem confundido o Hospital com o atendimento em Postos de Saúde Municipal e que na maioria das vezes são mal atendidos por pessoas que não são profissionais formados e que não tem um pingo de amor  e consideração ao ser Humano, e dedicação ao cargo que ocupam, por raiva do Secretario, diretor do posto e até mesmo do Prefeito descarregando a sua raiva e indignação sobre o cidadão que vem usufruir dos seus direitos na Saúde.

Então não vamos confundir funcionários de Posto de Saúde que na sua maioria não são formados e não tem um compromisso direto com a Saúde e a Vida; com Enfermeiras do hospital que mantém uma atividade extremamente dedicada aos atendimentos de urgências que requer cuidado no risco de Vida ou Morte que fica sob pressão muitas vezes do Médico ou do Diretor do Hospital. Não poderíamos deixar de reconhecer o valor dessas Enfermeiras e deixar aqui nossa gratidão pelo vosso desempenho; e pedir que tenham cada vez mais Dedicação e Tolerância com os mais fracos que as procuram no Hospital de Lábrea; deixando também um pedido a toda população que tenham mais agradecimentos a essas pessoas que muitas vezes acompanham os seus sofrimentos e  de seus familiares. Parabéns as Enfermeiras.

SOS DENGUE: SEM POSTO E SEM SAÚDE – ALEGORIA CONTINUA EM LÁBREA

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Lábrea , no rio Purus é uma cidade conhecida pela alegria do seu povo e um calendário alegre e festivo com a Festa do Sol e o Carnaval. No mês de dezembro de 2010, lançamos uma matéria de inauguração do Blog Vazos do Purus com o título: “Sem posto e sem saúde” onde relatamos o desinteresse da atual adiministração municipal em relação a uma obra inacabada de um posto de saúde no local “Tira Barro” e que já foi denunciada a TCE, e que o mesmo órgão se manifestou a ponto de colocarmos o paraecer do tribunal. Novamente em janeiro de 2011 lançamos a segunda parte da matéria que se intitulou: “Sem posto e sem saúde – segunda parte”, mostrando em que pé estava o local através de fotos e esclarecendo que havia águas de chuva que infiltram no local criando poça de água limpa propício ao criadouro de dengue. Eu mesmo, editor dessa matéria falei varias vezes com alguns agentes da saúde e falaram que olhariam o local.
Voltamos esta semana mais propriamente no dia 25 de fevereiro de 2011 e constatamos que não houve nenhum empenho do tal órgão, muito menos da prefeitura para solucionar o proplema e tiramos novas fotos mostrando que agora a obra contém cômodos totalmente alagados como vamos ver a foto abaixo:

 “TODOS CONTRA A DENGUE” – Alto investimento para ações alegóricas…

O estado do Amazonas é um dos estados brasileiros com alto risco de uma epidemia de dengue. Entre os oito municipios que decretaram estado de alerta , Lábrea recebeu apoio financeiro , depois de constatados mais de trezentos casos da doença nesses primeiros meses de 2011. Segundo informa o site “Rede Notícia” o estado do Amazonas irá receber mensalmente do Ministério da Saúde R$ 49 milhões de reais, com mais R$11,6 milhões adicionais para a vigilância, valor que será liberado a cada quadrimestre. Óbviamente que Lábrea , como os demais municípios que decretaram emergência irão receber uma boa fatia desse recurso, que esperamos ser aplicado em ações sérias , positivas e educativas , que podem ser feita com poucos recursos financeiros inclusive. E o que vemos é que isso tudo gera um contraste a passeata que ocorreu essa manhã na praça Coronel Labre como faixada de um¨ bom trabalho¨e que o governo todos sabemos liberou gordas verbas para sanar o problema da dengue.

DENGUE: PREVINA-SE 

A dengue é uma doença infecciosa febril aguda causada por um vírus da família Flaviridae e é transmitida, no Brasil, através do mosquito Aedes aegypti, também infectado pelo vírus. Atualmente, a dengue é considerada um dos principais problemas de saúde pública de todo o mundo. A ação mais simples para prevenção da dengue é evitar o nascimento do mosquito, já que não existem vacinas ou medicamentos que combatam a contaminação. Para isso, é preciso eliminar os lugares que eles escolhem para a reprodução.A regra básica é não deixar a água, principalmente limpa, parada em qualquer tipo de recipiente. Como a proliferação do mosquito da dengue é rápida, além das iniciativas governamentais, é importantíssimo que a população também colabore para interromper o ciclo de transmissão e contaminação. Para se ter uma ideia, em 45 dias de vida, um único mosquito pode contaminar até 300 pessoas. É fundamental saber que limpeza  e organização urbana são fundamentais contra a doença. Coleta seletiva , ruas limpas asfaltadas e sem buracos que alagam, uma realidade distante para nós que vivemos em uma cidade abandonada a própria sorte.

A população labrense está de olho na aplicação dos recursos públicos sabendo poder contar com as autoridades inclusive ao ministério público para averiguar, se for o caso, qualquer irregularidade e sobretudo o caso do posto de saúde inconcluso, que vimos denunciando aqui sistematicamente. Estamos atentos, e na luta contra essa terrível doença.

Leia mais sobre a dengue em: www.combateadengue.com.br

SEM POSTO E SEM SAÚDE ( SEGUNDA PARTE )

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Lábrea, 26 de dezembro de 2010

Mostramos na primeira parte desta matéria editada no dia 21/12/2010, que a construção do posto de saúde da barra limpa localizado no tira barro, fez aniversário em novembro, e que está vulnerável e propenso ao criatório de mosquito da dengue.  Agora apresentamos as novas fotos do local, que até no dia do fechamento desta matéria não mudou em nada, confirmando o o que dissemos na primeira parte da matéria.  Esperamos que o secretário de saúde, juntamente com os vereadores que o povo elegeu para fiscalizar o executivo e o Ministério Público Estadual apresentem a manifestação devida ao povo de Lábrea. Também apresentamos o parecer do TCE sobre este tipo de obra, e percebos que não há nenhuma resposta com conteúdo por parte das autoridades municipais ao povo. Anexado estão as fotos atuais e esperamos que o leitor deste blog julgue e avalie todo o material:

Frente da construção onde existem poças e desníveis, como também a entrada com fácil acesso para quem quizer usar o local como defecatório ou para uso de drogados e outros vandalismos.

Por dentro totalmente vunerável e sujeito a infiltrações , e até mesmo a roubo de materiais já instalados no local, gerando o risco de mais prejuízo econômico ao municipio

Poças de água de chuva e baldes do resto usado pelos trabalhadores dando condições ao mosquito da dengue de proliferação contágio da doença pela população próxima ao local.

É bom lembrar que : A geração de emprego estabelecido para construção da obra é de cem empregos antes, durante e depois da obra.

No caso desta se constatou que foram contratados  mais ou menos de três a dez trabalhadores…

SEM POSTO E SEM SAÚDE

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Lábrea AM, 21 de dezembro de 2010 – Enquanto a obra  do posto de saúde em construção na barra limpa ou local chamado “tira barro”  vai fazendo aniversário, a saúde também vai se arrastando em mais um ano sem a total atenção das autoridades do nosso munícipio que evidentemente dentro da normalidade  é prioridade em qualquer sociedade constituída. A  placa na foto ao lado diz claramente: inicio da obra: 27/11/2009, entega da obra: 27/05/2010, geração de empregos : 100, valor da obra: R$ 189.000,00 (cento e oitenta e nove mil  reais). Então é bom observar que a foto foi tirada exatamente em 07/04/2010 gerando assim uma desconfiança da idoniedade da execução da obra por parte dos seus executores. Podemos ver que se segue a passos de jabuti. Também quando foi tirada a foto se constatou que não havia nenhum trabalhador tocando a obra, e nos dias em que se alternava o que se percebia é que as vezes  em alguns dias se via algum operário executando o trabalho evidentemente no maxímo três homens, para uma placa que diz 100 empregos sem dúvidas é de se questionar. A resposta  deste questionamento está bem delineada no art.8° da lei n.8.666,de 21 de junho de 1993 ,art.8: “A execução das obras e dos serviços deve programar-se sempre em sua totalidade, previstos seus custos atual e final e considerando os prazos de sua axecução. Paragrafo único – É proibido o retardamento imotivado da execução da obra ou serviço, ou de suas parcelas se existente previsão orçamentaria para sua execução total, salvo insuficiencia financeira ou comprovado motivo de ordem técnica, justificados em despacho circunstanciado da autoridade e que se refere o art.26 desta lei ; etc…” dessa forma como demonstrado os prazos estabelecidos de início e conclusão da obra constante do plano de trabalho devidamente formalizado, devem englobar a execução completa do objeto do convênio, ou seja, todos os materiais além de já adquiridos, devem estar prontos em quantidade e qualidade conforme determina a legislasção, com finalidade de atender as necessidades da população do município. Além de atender as finalidades públicas do município, um dos objetivos latentes dos repasses financeiros frutos de convênio é a geração de renda no local da aplicação do numerário. Assim a consequência lógica é a criação de diversos empregos diretos e indiretos, antes, durante, e principalmente após a entrega da obra.

(FONTE: SECRETARIA DE CONTROLE EXTERNO DO TCE)

 E mais – Há evidências no local desta obra de foco de dengue,pois existem dentro do prédio (que já tem partes construidas) , latas  e poças de água que infiltram nas partes abertas quando se ocasiona chuvas mais fortes.    

 por: equipe Vazos do Purus®